Análise – Horizon Zero Dawn
Horizon Zero Dawn é um jogo de aventura em terceira pessoa em mundo aberto desenvolvido pela Guerrilla Games e lançado exclusivamente para PlayStation 4. Nele controlamos Aloy, uma garota sem tribo, exilada, e que vive desde pequena com seu tutor e protetor Rost em um mundo onde os humanos são divididos por tribos e que é dominado por máquinas hostis que tem formatos de animais.
No início do game vemos Aloy desde pequena sendo ensinada e treinada por Rost em diversas áreas, como técnicas de sobrevivência e caça. Quando ela decide desejar saber quem é sua mãe e o motivo de ter sido exilada, descobre através de Rost que isso é possível caso ela complete “A Prova“, ritual que faz com que quem o vença receba permissão para fazer parte da tribo e também receba permissão de fazer qualquer questionamento para as Matriarcas Superiores. A partir daí vemos o crescimento de Aloy e seu treinamento para conseguir completar A Prova e desvendar seu passado misterioso.
A primeira coisa a se notar é o quão impressionante é a ambientação do jogo. O mundo é um dos melhores já criados nos games e é muito bem detalhado, com uma enorme variedade de locais, indo de montanhas nevadas a vales arborizados e vastos desertos, cada um abrigando robôs de tipos diferentes. Além das máquinas, é possível encontrar animais selvagens que podem ser abatidos para obtenção de carne, pele e ossos para serem utilizados na produção de itens, e plantas que servem desde matéria prima para flechas quanto para uso medicinal para recuperar pontos de vida. A coleta de itens é muito importante, principalmente os provenientes das máquinas derrotadas, que trazem melhorias para armas e matérias primas para desenvolvimento de novos itens e outras armas.
No começo vemos apenas a tribo dos Nora, origem de Aloy, no entanto no decorrer do jogo vamos conhecendo as outras tribos e notando o quão diferentes são umas das outras. Os Nora são simples, vivendo em barracas e casas pequenas. Ao chegarmos em Meridian, cidade dos Carja, notamos mansões e estruturas mais complexas como escadarias e elevadores. Essa diferença entre as tribos é muito interessante, e mostra como o mundo e suas civilizações foram bem desenvolvidos e planejados.
As máquinas que dominam a natureza tem comportamento igual dos animais em que são inspirados. Um exemplo são as “Bocarras”, máquinas inspiradas em crocodilos que vivem na água e atacam com mordidas. O que não vai faltar são máquinas hostis querendo acabar com Aloy, no entanto esses não serão os únicos inimigos. No decorrer do jogo bandidos tentarão atacar, e algumas missões envolvem invasão de território de tribos inimigas para devastá-los.
Para enfrentar tantos inimigos com características tão diferentes entre si, Aloy dispõe de uma boa variedade de armas e habilidades para combatê-los, além de possuir também o Foco, dispositivo que permite analisar todo o ambiente e os inimigos, mostrando seus pontos fracos e suas resistências. Sua arma principal é o arco, que pode disparar diversos tipos de flecha. Além disso, também possui uma lança e pode usar armadilhas que podem paralisar, congelar ou queimar os inimigos. Os embates podem ocorrer de modo sorrateiro, com Aloy andando pelas gramas altas, ficando invisível e atacando pelas costas, ou de modo desenfreado, atacando de frente com tudo.
Os controles são simples e permitem que as armas sejam trocadas de forma rápida e fácil. Armadilhas e poções também tem atalhos no controle e com isso é fácil mudar de estratégia durante os combates. A árvore de habilidades permite que o jogador escolha como Aloy irá evoluir, podendo focar mais no stealth para eliminar inimigos silenciosamente ou então no combate corpo a corpo, melhorando o manuseio de armas.
As missões principais são ótimas, e nos fazem querer avançar cada vez mais na história para desvendar os mistérios desse mundo. Além disso, existem diversas missões secundárias, que não são nada repetitivas e aumentam as horas de gameplay com muita qualidade.
Os gráficos são excelentes. Além dos cenários, já citados como sendo incríveis, os personagens também são bem detalhados e tem expressões faciais muito bem feitas. O figurino dos personagens também merece destaque, misturando roupas rústicas com artefatos de máquinas, trazendo um visual único e belo. A dublagem, tanto a original quanto a em português, é excelente e durante o jogo Aloy faz algumas observações sobre o que está acontecendo no cenário, evitando longos momentos de silêncio, porém sem exagerar no falatório.
Horizon Zero Dawn possui poucos pontos fracos. Por ser um jogo de mundo aberto, às vezes é possível ver uma falha ou outra no cenário, assim como podemos travar a personagem em locais de difícil acesso, como montanhas. Em alguns diálogos acontece uma dessincronização entre a fala e os movimentos labiais dos personagens, no entanto nenhum desses problemas causa qualquer impacto no geral, e pode até passarem despercebidos pelos menos atentos.
No geral Horizon Zero Dawn é um jogo completo e perfeito, daqueles que ficam marcados para sempre para quem joga, e que promete ser o início de uma franquia de sucesso no PlayStation.
Ficha Técnica
Título: Horizon Zero Dawn
Data de Lançamento: 28 de fevereiro de 2017
Gênero: Aventura, Mundo Aberto
Plataforma: PlayStation 4
Desenvolvedora: Guerrilla Games
Essa análise foi escrita originalmente para o Blog E-Glu, do Ponto Frio! Entrem lá e prestigiem meus outros posts!
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